quinta-feira, 20 de outubro de 2011

PT não demonstra preocupação com união de adversários

O PT de Cachoeiro, que está experiemntando o sabor de governar a principal cidade do interior do Estado não tem demonstrado em público nenhuma preocupação com a união de políticos experimentados como Theodorico Ferraço e Roberto Valadão que se juntaram a José Tasso Andrade, recém filiado ao PMDB. Os três políticos juntos somam mais de 200 anos, e isso soa como um "grande gancho" para os ocupantes do Palácio Bernardino Monteiro.
O fato é que uma pesquisa recente mostrou que Cachoeiro tem cerca de 30 por cento de eleitores na faixa de 16 a 25 anos, e poucos conhecem ou mesmo já ouviram falar de algo que possa levá-los a votar em alguns deles - Ferraço, Valadão ou José Tasso - nas eleições de 2012. A preocupação do PT, demonstrada em público, é em relação ao deputado do PR, Glauber Coelho, com menos de 40 anos. Este com maior identidade junto ao eleitores jovens.
A estrela do PT de Cachoeiro, o prefeito Carlos Casteglione, tem 50 anos e venceu Theodorico Ferraço em 2008 utilizando-se de uma linguagem própria para os eleitores novos e uma ferramenta que sempre desequilibou a favor do demista Theodorico Ferraço, o voto dos evangélicos que somam cerca de 35 por cento do eleitorado. As mulheres que sempre são jogadas a um plano secundário em Cachoeiro representam 52 por cento do número de eleitores.
As duas últimas vezes que Theodorico Ferraço elegeu-se prefeito o seu vice era um evangélico; Anarim Silveira e posteriormente Jathir Moreira. Em 2008 Ferraço se isolou do povo evangélico, ao passo que Casteglione, orientado pelo senador Magno Malta (PR), a época seu parceiro, foi buscar um nome para fazer par ao candidato católico. Outro fato é que Ferraço que tinha a eleição como "barbada" não se preparou para enfrentar um candidato jovem, com a força de um governo populista de Lula.
Inúmeras foram as tentativas na justiça para cassar o mandato do prefeito Carlos Casteglione, sob a acusação de compra de votos. Foi em vão. Agora Ferraço vai enfrentar o petista mais um vez, só que agora mais calejado, e o prefeito sofrendo resistência da população, segundo pesquisas de opinião pública. Mas se em 2008 Casteglione não tinha a máquina administrativa na mão, agora tem, e Roberto Valadão que era o prefeito da época e contribuiu para derrotar Ferraço, agora está em lado oposto.
E é justamente neste "casamento" que o PT vê as suas chances aumentarem. Segundo uma fonte do Palácio Bernardino Monteiro o grupo formado por Ferraço, Valadão e José Tasso, três ex-prefeitos não vai poder falar em renovação. Duante 40 anos eles se revezaram no comando da cidade, sempre como adversários. Esta é a aposta do PT que tem apenas um mandato para se sobrepor a 40 anos do trio adversário.
Outro fator que Ferraço não pode esquecer é que não tem mais 41 por cento do eleitorado. Este percentual era prático quando Cachoeiro tinha cerca de 100 mil eleitores. Em 2012 terá 130 mil, o que vai obrigar o deputado demista a gastar mais sola de sapato, mudar suas expressões, buscar um vice que fale para o público jovem, feminino e evangélico, atributos que nem Ferraço, nem Valadão ou José Tasso possuem.

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